Vencedor do Prêmio do Júri em Cannes, Sirāt tenta disfarçar seu vazio com momentos abruptos de impacto, mas falha em construir qualquer substância narrativa ou emocional.
Bom Menino (2025) aposta em consolidar uma nova vertente de filmes de terror. Embora seja feito inventivamente, o resultado ainda é mais triste do que assustador.
O novo filme distópico de Francis Lawrence funciona pela lógica do interesse. Embora seja bem-sucedido na maior parte do tempo e consiga construir um bom gancho, não há muita substância por baixo dos panos.
A obra trata o olhar infantil como uma ferramenta de exploração filosófica, transformando a primeira infância numa reflexão sobre percepção, linguagem e o surgimento da consciência.
Paul Thomas Anderson transforma o caos político contemporâneo num espetáculo tragicômico, subvertendo o blockbuster para expor o esgotamento ideológico de uma nação que ainda se recusa a enxergar o próprio abismo.
A Hora do Mal (2025) se insere no post-horror ao priorizar a construção de um universo dramático em vez dos elementos típicos do terror, ainda que mantenha imagens grotescas e um monstro central.
O filme biográfico de Ney Matogrosso pode não ser tão ousado quanto o cantor, mas ainda assim consegue ser uma obra bonita, charmosa, responsável e elegante.
Giuseppe Tornatore registra o fim de uma era em que ir ao cinema era uma experiência coletiva, capaz de conectar gerações e moldar o olhar de cada espectador.
Em Moonlight: Sob a luz do luar (2016), os clichês são subvertidos ao passo que negritude, masculinidade e vulnerabilidade se chocam em uma retratação dolorosa da tentativa de autoconhecimento.